Entender a classificação de resíduos é um dos cuidados mais importantes na hora de fazer o transporte e também o descarte desses materiais.
Se você não sabe nada ou ainda tem muitas dúvidas sobre esse assunto, este artigo vai te ajudar a fazer a classificação dos resíduos sólidos corretamente. Vem com a gente!
Tipos de resíduos segundo origem de geração
Para fazer o transporte e o descarte correto, é importante que você saiba também quais são os 5 grupos de resíduos.
O primeiro deles é dos resíduos industriais, que apresentam um alto grau de toxidade, o que necessita de tratamentos diferentes.
Nesse caso estão inclusos óleo, gases, lodo, plástico, papel, madeira, borracha, metal, escória, vidro e cerâmica. Resíduos da construção civil fazem parte desta categoria.
Há os resíduos agrícolas que são frutos dos processos no campo, incluindo produtos químicos, fertilizantes, adubos, embalagens, dejetos de produção animal, ração, restos de colheita, etc.
Na classificação de resíduos há ainda os materiais hospitalares, produzidos em clínicas, ambulatórios, consultórios odontológicos, farmácias, clínicas veterinárias, entre outros.
Entram nessa categorização ainda os materiais radioativos e os lixos eletrônicos, sendo altamente perigosos no que se refere à contaminação por metais pesados, como mercúrio e chumbo.
Principais normas para descarte e classificação dos materiais
Além das normas para classificação dos resíduos, há ainda regulamentações que determinam o descarte dos materiais, sendo elas:
- ABNT NBR 10.004/04;
- Resolução CONAMA 307/2002;
- Resolução RDC nº 222/2018 (antiga 306/2004;
- Norma CNEN-NE-6.02.
Classificação de resíduos sólidos pela norma NBR 10.004
Vamos entender um pouco sobre a classificação de resíduos segundo a NBR 10.004, uma das principais normas que regem essa categorização de materiais.
A categorização dos resíduos é feita a partir da sua composição química e suas propriedades físicas, químicas e biológica e segue os parâmetros estabelecidos na ABNT NBR 10.004
Além disso, essa classificação deve ocorrer segundo os parâmetros definidos pelas legislações ambientais, como a ABNT NBR 10.004.
Nos parâmetros da norma 10.004, os resíduos são classificados em dois principais grupos:
- Classe I: resíduos classificados como materiais perigosos;
- Classe II: classificação para resíduos de materiais não perigosos;
Ainda, os resíduos de Classe II dividem-se entre dois novos grupos, A e B, sendo:
- Classe II A: resíduos não inertes;
- Classe II B: resíduos inertes;
Resíduos Classe I – Perigosos
A classificação de resíduos perigosos incluem agrotóxicos, embalagens, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes, etc.
Resíduos Classe II – Não perigosos
Já os resíduos não perigosos, são divididos em duas subclasses: Classe II A e Classe II B. Na II A se encontram os materiais não inertes, tais como combustíveis, biodegradáveis e solúveis em água.
Já os resíduos inertes, da classe II B, não apresentam alterações físicas, químicas e biológicas. Alguns exemplos resíduos inertes são entulhos de construção, madeiras e borrachas.
Classe II A x Classe II B: diferenças entre inertes e não inertes
Compreender as diferenças entre as subclasses é importante, pois a classificação do resíduo entre A ou B implicará em diferentes diretrizes quanto o descarte adequado.
Resíduos inertes, caracterizam-se por sua baixa capacidade interação e reação com outros elementos, como a água.
Desse modo, são resíduos adequados ao processo de reciclagem e/ou para destinação em aterros sanitários com maior segurança.
Além disso, materiais da classe II B, inertes, não liberam substâncias que contaminam o meio ambiente.
Classificação de resíduos da saúde – RDC 222/18
Para você que tem dúvidas sobre qual a classificação de resíduos de acordo com a RDC 222/18 da Anvisa, saiba que ela disciplina os resíduos de serviços de saúde.
Neste caso, esses materiais são distribuídos no grupo A, que podem ter presença de agentes biológicos e apresentar risco de infecção.
Há os resíduos do Grupo B, que podem apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente, que incluem materiais com características de corrosividade, inflamabilidade, reatividade e toxicidade.
O Grupo C são os rejeitos radioativos, e o Grupo D, possuem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente.
Por fim, temos o Grupo E, que são materiais perfurocortantes ou escarificantes, como agulhas, lâminas de barbear, ampolas, escalpes, de vidro, brocas, etc.
Alternativas de descarte sustentável
Muito mais que saber a classificação dos resíduos sólidos, entender quais são as formas de descarte sustentável é importante para dar um destino alternativo e correto para os materiais.
Dentre eles, temos a coleta seletiva, um método de coleta e separação dos resíduos de acordo com suas características, facilitando a reciclagem e tornando materiais, como papel, vidro plástico e metal economicamente viável, já que eles podem ser reciclados.
Há ainda o cooprocesamento, uma técnica que reutiliza os resíduos sólidos das indústrias como fonte de energia para fornos de cimentos, reduzindo o carbono produzido e a quantidade de rejeitos em aterros sanitários.
Armazenamento e transporte de resíduos
Vale lembrar que não basta entender as classificações dos resíduos, você também precisa fazer o armazenamento e o transporte adequado desses materiais.
Para isso, é preciso seguir as orientações técnicas previstas nas normas, que incluem a utilização de equipamentos adequados, como as caçambas, que devem seguir especificações técnicas e atender o volume adequado dos resíduos.
Conclusão
Agora que você já sabe a classificação de resíduos, lembre-se que você deve armazenar, transportar e destinar de forma correta os materiais com base em sua categorização.
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