Como funciona o coprocessamento?

Coprocessamento de resíduos: como funciona e vantagens!

O coprocessamento de resíduos é uma prática importante, principalmente, nas últimas décadas em razão do crescimento da produção de lixo no mundo, sendo necessário, portanto, a busca por alternativas sustentáveis para gerenciar esses materiais.

Inclusive, o Brasil é um dos maiores geradores de resíduos sólidos do mundo. Como mostra o estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza revela que o Brasil ocupa a quarta posição do ranking.

Em razão desse cenário, entender melhor como funciona o coprocessamento é fundamental para que empresas dos mais diferentes segmentos possam adotar alternativas para a gestão dos seus resíduos sólidos.

Continue a leitura para conhecer um pouco mais sobre essa técnica e as principais vantagens e desvantagens de utilizá-la.

Afinal, o que é o coprocessamento?

O coprocessamento é o processo de queima de resíduos com origem do setor industrial, que seriam destinados a aterros sanitários para a fabricação de produtos que precisam de altas temperaturas em suas etapas de produção.

Essa é uma técnica que contribui com a preservação ambiental e também a conservação de recursos naturais, já que esse processo substitui matérias-primas e combustíveis tradicionais, garantindo a destinação adequada para resíduos considerados perigosos.

Como funciona o processo de coprocessamento?

funcionamento do processo de coprocessamento de resíduos

Agora que você descobriu o que é esse método, vamos entender um pouco sobre como funciona o coprocessamento.

Saiba que esse processo reutiliza os resíduos sólidos produzidos pelas indústrias aproveitando-os como fonte de energia para fornos de cimentos, o que contribui com a redução de carbono produzido e a quantidade de rejeitos em aterros sanitários.

Nesse processo de queima, a combustão gera a reação que transforma as matérias-primas em uma substância chamada de clínquer, que é um elemento importante na fabricação do cimento.

No coprocessamento de resíduos é usado a técnica de blendagem, onde se misturam os materiais até chegar a uma consistência homogênea para que o resíduo possa ser reutilizado.

Entre os resíduos que podem ser coprocessados estão: pneus; resíduos siderúrgicos;

  • graxas;
  • solos contaminados;
  • plásticos;
  • óleos usados;
  • restos vegetais;
  • tintas;
  • madeiras contaminadas;
  • resinas;
  • colas;
  • serragens;
  • lodos de estações de tratamento de esgoto e muitos outros;

Entenda quais são as suas vantagens e as desvantagens

coprocessar resíduos: vantagens e desvantagens

Para que esse tema fique ainda mais claro para você, selecionamos aqui as principais vantagens e desvantagens em adotar a  técnica de coprocessamento de resíduos. Dá uma olhadinha!

Vantagens do coprocessamento

Uma das vantagens dessa metodologia é a redução do custo de produção, uma vez que os resíduos substituem combustíveis tradicionais, sendo possível lucrar com esses materiais que seriam descartados.

Além disso, essa técnica oferece uma destinação segura aos resíduos perigosos, atendendo, inclusive, às exigências legais.

A preservação ambiental também é uma das vantagens do coprocessamento de resíduos sólidos, já que eles são totalmente eliminados, evitando que eles sejam descartados em locais inadequados.

Sem contar que também é capaz de diminuir a emissão de particulados, SOx e NOx para a atmosfera. Neste processo, esse resíduo também pode ser usado para a geração de energia térmica.

Além de tudo isso, o coprocessamento reduz a destinação dos materiais nos aterros, aumentando a vida útil desses espaços de armazenamento.

E os riscos, e desvantagens: quais são esses?

Mesmo diante de tantas vantagens, esse processo possui desvantagens, como, por exemplo, oferecer riscos à saúde dos profissionais que operaram os maquinários, incluindo também a possibilidade de risco de contaminações acidentais dos produtos fabricados.

Outra desvantagem está relacionada ao custo para a aquisição de novos equipamentos para colocar essa atividade em prática e também despesas para alinhar sua produção ao novo modelo de trabalho.

Legislação a respeito do tema no Brasil

As principais leis que regulamentam o coprocessamento de resíduos estão na Resolução Conama nº 264, de 26 de Agosto de 1999, que trata sobre procedimentos e os critérios específicos do coprocessamento.

A Resolução Conama nº 316, de 29 de outubro de 2002 também disciplina essa atividade, já que trata sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.

Outra legislação que aborda esse método de co processamento é a Resolução Conama nº 264/1999, que trata sobre os procedimentos para o licenciamento de fornos de clínquer para processos de coprocessamento de resíduos, assim como a manutenção da qualidade ambiental.

Já a Resolução Conama nº 258, de 26 de agosto de 1999 dispõe sobre o manejo correto de pneus e também determina a responsabilidade compartilhada entre os fabricantes e importadores desses resíduos, incluindo distribuidores, revendedores, reformadores e consumidores finais.

Somado a isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente orienta que, para a realização da queima de resíduos em fornos de clínquer, a fábrica de cimento deverá atender todas as condições técnicas e ambientais.

Diferença entre coprocessamento e incineração

Neste contexto, é importante diferenciar coprocessamento e incineração, sendo esses metodologias diferentes.

Para você entender melhor essas particularidades, o coprocessamento é basicamente um processo de valorização dos resíduos que não tem importância para o mercado e tampouco valor comercial.

Já no processo de incineração é realizado um tratamento térmico dos resíduos, onde o calor pode ser aproveitado ou não para a produção de energia elétrica e também de vapor.

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Conclusão

O coprocessamento é uma técnica, que ganhou espaço no mercado mas também possui seus prós e contras, que devem ser considerados ao cogitar a adoção dessa atividade na sua empresa.

Claro que há muito mais vantagens do que desvantagens, já que ela é capaz de reduzir custos, diminuir os danos ao meio ambiente e garantir muitos outros benefícios para o seu negócio.

Mas lembre-se que para colocar essa atividade em prática, você precisa se adequar às legislações vigentes, que incluem a Resolução Conama nº 264, de 26 de Agosto de 1999 e também a  Resolução Conama nº 316, de 29 de outubro de 2002.

Além disso, sempre que precisar de equipamentos para transporte de resíduos, conheça a  Cal Leve, uma fábrica líder no mercado nacional na produção de soluções de implementos rodoviários para os mais diversos segmentos.

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