Na hora de construir ou reformar, o entulho de obra é algo que, normalmente, gera muita dor de cabeça.
Afinal, o que é considerado entulho? Quais as melhores formas de descarte? Onde e como fazer a remoção desse material?
Se você está em busca de todas essas perguntas, este artigo é o que procura.
Neste conteúdo, você entenderá as classificações desses resíduos, o que é considerado entulho, como fazer o reaproveitamento do material, regulamentações e muito mais.
O que é considerado entulho em uma obra?
O entulho é basicamente todo resíduo gerado pela construção civil ou de qualquer outro processo, como demolição, reforma ou escavação.
Sendo assim, esses resíduos são um conjunto de diversos materiais, como:
- restos de tijolo,
- concreto,
- argamassa,
- aço, madeira,
- gesso,
- cola,
- vidro,
- plástico,
- tubulação,
- cano de PVC,
- fiação eletrônica,
- telha e qualquer outro fragmento que sobrou de uma obra.
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As classificações de entulho na construção civil
E nesse universo de entulho de construção, saiba que existe uma classificação padrão para esses materiais.
Afinal, o Brasil produz quantidades expressivas de resíduos todos os anos.
Segundo um levantamento feito pela Abrecon (Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil), as obras realizadas pela população brasileira geram, em média, de 84 milhões de m³ de entulho por ano.
Com esse volume, é preciso definir padrões para que o descarte seja feito de forma correta para evitar danos ao meio ambiente.
Confira as classificações:
Classe A
O resto de obra considerado classe A são aqueles resíduos recicláveis de construção, como demolição, reparos ou reformas em edificações, pavimentação e terraplenagem, que podem ser passíveis de serem reutilizados.
Entre os materiais dessa classificação, podemos considerar: telhas, blocos, tijolos, argamassa, concreto e placas de revestimento.
Classe B
Já os materiais inseridos na classe B são aqueles resíduos que também podem ser reciclados, mas, nesse caso, possuem outras características em relação à classe A, como papéis, metais, plásticos, madeiras, vidros e gessos.
Classe C
O entulho de obra inserido no tipo C é aquele que não pode ser reciclado ou recuperado sob nenhuma circunstância, uma vez que não há recursos que possibilitem esse processo e também por não ter a recuperação dos resíduos por reciclagem.
Classe D
Por fim, os resíduos de classe D são aqueles considerados perigosos, provenientes do processo construtivo, como tintas, solventes, amianto, óleos e outros produtos usados para demolição, reparos ou reformas em estabelecimentos industriais, ou clínicas radiológicas.
Como reaproveitar entulhos de obras
O entulho de construção pode ser reaproveitado de diferentes formas, garantindo ganhos sociais, ambientais e econômicos, contribuindo para reduzir os impactos negativos causados no meio ambiente e favorecendo ainda diversos setores da sociedade.
Com esses resíduos, é possível produzir outros materiais, como areia, brita e bica corrida para a utilização em canalização de córregos, pavimentação, concreto, argamassas, contenção de encostas e muito mais.
Além disso, esses materiais podem produzir ainda outros componentes de construção, como blocos, placas, briquetes e tubos para drenagem.
Inclusive, a reciclagem do entulho pode ser feita com equipamentos e instalações de baixo custo.
Descarte responsável de entulho de obra: regulamentação e melhores práticas
Para minimizar os impactos causados no meio ambiente, além da classificação, há também regulamentações e legislações, que determinam as melhores práticas para o descarte de entulho.
Entre as mais importantes regras estão a resolução 307/2002 do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e também a lei 12305/2010.
Ambas as legislações fazem parte da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), que estabelece responsabilidades atribuídas, compartilhadas e competências tanto dos gestores, quanto das administrações municipais e transportadoras na gestão dos resíduos.
Além desses atores, os pequenos, médios e grandes geradores de resíduos também têm responsabilidade na retirada, manuseio e destinação final dos materiais quando não há possibilidade de reciclagem ou reuso do entulho de obra.
Vale lembrar que se o gerador do entulho fizer o descarte ou depósito irregular do material poderá ser multado com base na legislação de cada município.
Além das leis que citamos acima, fique de olho também nas seguintes normas técnicas:
- NBR 15116/2004;
- NBR 15112/2004;
- NBR 15114/2004;
- NBR 15113/2004;
- NBR 15115/2004.
Como fazer remoção de entulho de obra da forma correta
Para fazer a retirada de entulho de maneira adequada, o primeiro passo é analisar os materiais passíveis de recuperação e reciclagem. Feito isso, faça a separação dos resíduos de acordo com sua classificação.
É possível escolher a coleta convencional que, normalmente, é feita pelo município. Cada prefeitura define a quantidade de material que pode ser recolhido nessa modalidade.
Há também os ecopontos, que são os locais de entrega voluntária desses materiais.
Normalmente, os serviços são gratuitos, mas é necessário verificar se a sua cidade oferece esse serviço.
Você pode fazer a remoção dos materiais por meio de caçamba estacionária, que são os formatos mais tradicionais para o recolhimento de entulho.
Nesse método, o gerador faz a contração de uma empresa especializada, que será responsável pela remoção dos resíduos de construção, levando-o até o local adequado e regulamentado para o descarte.
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Conclusão
A destinação correta de entulho de obra é algo que merece e muito a atenção tanto dos geradores desses resíduos quanto das empresas que fazem o transporte e descarte desses materiais.
Além de prejudicar o meio ambiente, a destinação incorreta pode gerar muitas e, talvez, até sanções.
Por isso, antes de fazer o descarte desses entulhos, verifique a classificação correta e garanta a remoção da forma mais adequada.
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